a aluna ontem disse q eu sou a unica professora de filosofia do mundo q nao tem voz chata. e eu disse q a sensação dela vem do fato d q voz é uma coisa q eu simplesmente nao tenho.
na minha primeira turma, de juiz de fora ainda, havia uma micro-aluna q dizia sempre: "aaiii, profyyyyyy!! sua voz é taaaao fofinhaaaa!" pra mim, resumidamente, era isso: ELA era a coisa mais "fofinha" do mundo, EU SOU NEGUINHA, magrinha, espevitada, de rabo de cavalo e brincos coloridos, dizendo, no final das contas, q eu tenho uma voz, pra uma docente trintona ranzinza, "mongol". ridiculazinha.
agora, com a garganta podre fazendo aniversario de 3 meses... começo a pesquisar essa coisa aê de chacras e etcéteras. enfim, eis meu eu gargantístico desnudado: problemas de comunicação, dificuldade de se relacionar com o coletivo, dificuldade de lidar com críticas, sentimento de responsabilidade superaguçado, introspecção seguida de arrogância, cólera reprimida seguida de introspecção... a ponte que liga sentimento e pensamento está bamba precária tosca ou desabada.
leia: http://miud.in/b4P
adeus, vou me vestir de azul e repetir HAM 50 vezes.
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