terça-feira, 11 de janeiro de 2011

sobre a "escola da vida"

alfred adler:
- depois de dizer que a família tende a não educar direito, porque, mimando ou tratando a criança de maneira autoritária, desperta nela a ânsia por dominação....
- depois de dizer que as escolas de seu país tratam de incorrer no mesmo risco...
- reflete sobre o clichê generalizado de que é a vida que ensina.
- a ânsia por dominação, a vaidade e a ambição são, para ele, os principais erros enxertados na contemporanidade, porque, mesmo que dissimuladamente, atravancam e desvirtuam o senso de sociabilidade e de fraternidade, inato e natural do ser humano.

"Mas a vida, também, tem as suas limitações especiais. Não é ela apropriada a transformar o ser humano, embora pareça, às vezes, fazer isso. A vaidade e a ambição dos homens não o permitem. Por mais erros que um homem cometa, ele apenas se cifrará a recriminar o resto da humanidade, ou a sentir que a sua condição é irrevogável. Raramente encontramos alguém que, havendo dado cabeçadas e cometido erros, se detenha a reconsiderar o que fez.
A própria vida não pode produzir nenhuma mudança especial. Isto é psicologicamente compreensível, porque a vida trata com produtos já acabados do gênero humano, com seres que já têm seus pontos de vista definidos, que se esforçam, todos eles, para conseguir dominar seus iguais. Assim, exatamente ao contrário do que se possa pensar, a vida é o pior dos educadores. Ela não tem consideração por nós, não nos adverte, não nos ensina; limita-se a castigar e a nos deixar morrer."


- pode ser um exagero, ou uma bobagem.
mas nao deixa de ser interessante...


ADLER, A. A ciência da natureza humana. São Paulo: Editora Nacional, 1940.

Nenhum comentário:

Postar um comentário