e me dizem que competitividade enobrece o homem.
escuto e penso o inverso.
nao parece muito nova a idéia. o smith, adam smith, falava disso la no século XVIII.
(leu quem leu; quem nao leu fala "en passant", rs)
é. os governos nao deixaram de repetir por gerações a máxima liberal.
e liberal só na economia. quando liberdade em terra com barões de dez olhos e proletariado sem nenhum...
balela, ne?
sim, foi essa a lógica das privatizações no brasil.
e daí que agora quem quer resolver problema com telefonia senta e chooora.
competitividade melhorou. pra quem?
mas o argumento pode ser bem mais focado.
competitividade enobrece o homem, em sua individualidade.
quer dizer... na pressao, a gente funciona?
santo cristo, me ajuda q eu nem sou, nao, nada disso!
funciono bem alimentada, bem dormida e etc. funciono na base da contemplação.
perco dois dias mirando o teto pra escrever um texto em horas.
("a pressa não é inimiga da perfeição"?)
nao trabalho com metas.
trabalho por paixao.
paixão nao tem nada a ver com ringue, corrida de cavalo, artimanha, individualismo e desejo de ofensa no final das contas.
tem a ver com doação.
falar da humanidade como uma fraternidade?
cito meus irmaos. tenho dois.
nunca houve competição. muito pelo contrário.
cada um com seu quinhão. eu nunca pude querer o que eles tinham. porque, sobretuto, a gente se respeitou sempre muito.
"você é vc e eu sou eu". "eu preciso disso e vc daquilo". "vc merece tal e eu fico com qual."
houve o aprender com a diferença, porque, sim, somos muito diferentes um do outro.
e por isso digo que quando se aprende a conVIVER (e nao a COMpetir), se entende que não há jogo a vencer.
(PAPINHO BEM BEEEEM BURGUÊS::::
os que competiram pelo controle remoto, ganharam um quarto so para si. uma televisão so pra si.
e continuaram na casa dos pais pra lá dos 20 poucos anos.)
o mundo competitivo assusta.
o mundo enooorme, além desse microcosmo, exige compreender, doar, gratidão serena, esforço doce para ser bem compreendido.
educação é uma coisa muito séria.
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